Nasceu em Santo Antônio da Barra, distrito de Barão de Melgaço-MT, no dia 25 de dezembro de 1869.

Historiador respeitado, integrou o quadro dos sócios fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, em 1919, assim como, na mesma categoria, o do Centro Mato-Grossense de Letras, ancestral da Academia Mato-Grossense de Letras, no ano de 1921.

Desde a juventude se interessou pelas letras e cultura de Mato Grosso, tendo fundado, em 1896, o Colégio Leverger. Por concurso, ingressou como docente de História e Geografia do Liceu Cuiabano, instituição onde se tornou catedrático. Nesse estabelecimento de ensino foi Inspetor Federal, por nomeação de Ramiz Galvão, à época, Presidente do Conselho Superior de Ensino.

Mesmo não tendo o título de bacharel em Direito, mas detentor de sólidos e abalizados conhecimentos, atuou como Advogado Provisionado, pertencendo aos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso.

MENDONÇA, Estevão de. Retalhos da vida. Cuiabá, Tip. da Escola Industrial, 1950.

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE MATO GROSSO
PUBLICAÇÕES AVULSAS, n° 18 - 1999

 

Reprodução fac-similada, 1999, com autorização da família e patrocinado pela UNIRONDON.

Autobiografia

 

Nasci às duas horas da madrugada de 25 de Dezembro de 1869, em Santo Antônio da Barra, distrito de Melgaço, município de Santo Antônio do Rio-Abaixo (I). Meus pais —João Anastácio Monteiro de Mendonça e Hermenegilda Maria da Dôres de Mendonça, em começo de 1871, mudaram-se para a Vila de Miranda, e mais tarde para a de Nioaque, onde faleceram e foram sepultados. Fui batizado a 6 de novembro de I870 na igreja paroquial da freguesia de Pedro II (segundo distrito de Cuiabá), sendo celebrante o Rev. Manoel Inácio de Mesquita.

Aos onze meses de idade, gravemente doente, fui entregue aos meus tios Nuno Anastácio Monteiro de Mendonça e Maria da Conceição Monteiro de Mendonça. Casal sem filhos, por ambos fui criado e educado com expecional carinho. Em sua companhia vivi até 1894, e faleceram em meus braços. À minha tia eu chamava de “Mamãe”.