Sua produção intelectual foi de peso e, mesmo produzida nas primeiras décadas do século XX, é de consulta obrigatória para todos aqueles que contemporaneamente investigam a realidade regional. É o caso de Quadro Chorográfico de Mato Grosso, trabalho datado de 1906 e utilizado nas escolas de Cuiabá; Datas Matogrossenses, um compêndio volumoso que registrou cronologicamente eventos, personalidades e lugares de Mato Grosso.
Estevão de Mendonça teve importante colaboração nos periódicos nacionais e regionais, a exemplo do Almanaque de Mato Grosso, Almanaque do Rio Grande do Sul, Almanaque Garnier, além de significativa participação no clássico Álbum Graphico de Mato Grosso. Em conjunto com Antônio Fernandes de Souza, fundou e dirigiu a revista O Archivo, no ano de 1906, a pedido do então Presidente do Estado Antônio Paes de Barros.
Além de fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, participou, como correspondente, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Sociedade de Geografia de Lisboa, da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, dos Institutos Históricos de Alagoas, de São Paulo, do Sergipe, do Pará e do Paraná. Recebeu a Medalha Regnell da Real Academia de Ciências da Suécia.
Faleceu em Cuiabá-MT, no mesmo mês em que nasceu, aos 2 de dezembro de 1949, aos 80 anos.
Os papéis produzidos por Estevão de Mendonça foram doados pela família, juntamente com os de seu filho Rubens de Mendonça, hoje depositados no Arquivo da Casa Barão de Melgaço, dossiê Documentos de Família. Graças à Plataforma, sua consulta, na íntegra estará à disposição dos pesquisadores.